O ponto de esforço
O ponto de esforço

O

ponto de esforço pode ser definido como o propósito que, no fim da reunião, cada equipa procura estabelecer, aquela norma de vida que, sozinhos (ponto de esforço individual) e/ou em equipa (ponto de esforço colectivo), todos os elementos se comprometem a tentar cumprir e da qual vão dar testemunho na reunião seguinte.

O ponto de esforço, portanto, deve estar de acordo com o ritmo próprio de cada equipa e com a exigência pessoal de cada um. Por isso, pode ser o mesmo para todos os elementos do grupo ou variar de pessoa para pessoa. Deve ser ambicioso, realista e aplicável - logo reflectido e decidido com tempo. O importante é que nenhuma reunião acabe sem que se tenha decidido qual vai ser o próximo ponto de esforço (CI, III.1.d.)

Quando as reuniões correm especialmente bem, ficamos com a sensação de que, a partir daí, vamos ser completamente diferentes, capazes de mudar o mundo, estar dispostos a levar aos outros o que aprendemos e aquilo em que com tanta Fé acreditamos. O ponto de esforço ajuda-nos, então, a "pôr os pés na terra", a concretizar em pequenos pontos o nosso enorme desejo de mudança - tão grande que corre o risco de diluir-se se esse entusiasmo inicial esmorecer...

Quando, pelo contrário, nos sentimos mais frios e indiferentes, com pouca vontade de batalhar pela nossa santificação e pela dos que vivem à nossa volta, o ponto de esforço é como aquele "alerta" que, no nosso dia-a-dia, nos faz lembrar que somos cristãos, que queremos melhorar, que temos responsabilidades para com uma equipa que conta connosco. É nestes momentos que o propósito feito na reunião se transforma num verdadeiro esforço de aproximação a Deus, que nos parece distante...

Cumprir o ponto de esforço não é apenas uma norma do nosso Movimento. É uma maneira de passar à prática a teoria - boa, mas insuficiente - das nossas reuniões; é a oportunidade sempre renovada de tentarmos ser cada vez mais coerentes com os nossos ideais: tão cristãos na equipa, como fora dela.

Finalmente, a partilha do ponto de esforço é um traço específico das E.J.N.S.. Por um lado, responsabiliza-nos perante um grupo, que só cresce se nós próprios crescermos. Por outro, cria as bases da entreajuda na equipa, torna-nos atentos às dificuldades de cada um e faz-nos ver que é em conjunto que podemos arranjar essa força que, sozinhos, nos parece tão difícil de conseguir.

O ponto de esforço só faz sentido se se tornar uma constante na nossa vida, uma espécie de "teimosia" em cumprir o que nos comprometemos e que, com a ajuda de Deus, nos faz passar de um mero propósito a uma etapa essencial da nossa santificação, a um bom hábito que cresce em exigência e profundidade e que não vamos querer perder.

Algumas equipas são da opinião de que, por vezes, é útil não se passar para um ponto de esforço novo sem que o anterior seja conseguido. Alguns exemplos:

o oração quotidiana (comum a todos os cristãos);

tirarem à sorte e cada um rezar nesse mês por uma pessoa determinada;

 

participarem juntos numa actividade (um encontro, uma acção sócio-caritativa, um fim-de-semana em conjunto, irem todos à mesma missa, etc.);

ir à missa um dia por semana além do Domingo;

ler as leituras da missa antes de ir à igreja;

organizar uma reunião extra só de oração;

estudarem juntos nesse mês;

confessar-se (pela Páscoa, Natal, etc.)

... e uma boa dose de imaginação e um nível de exigência gradual.

 

– rezar pela equipa a uma hora certa todos os dias (por exemplo: o angelus, ou antes de uma refeição, etc.);